VOCÊ CONTRATA ALGUÉM MAIS INTELIGENTE DO QUE VOCÊ?
- custoseganhosconsu
- 9 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de fev. de 2022
Grandes líderes empresariais se cercam de funcionários e conselheiros com alta capacidade. Mas e os pequenos empresários? Existem donos de empresa que morrem de medo de ter funcionários mais inteligentes do que eles, pois muitos acreditam que podem ser roubados e “manipulados”. O temor de perder o controle da empresa para estes funcionários é tão grande que acabam preferindo contratar funcionários mais obedientes, que abaixam a cabeça e concordam com tudo que é mandado fazer, e que não ofereçam nenhum risco.
Ao longo dos anos, esses empresários vão construindo uma relação de obediência cega, pois aqueles que ousaram discordar ou deram opinião contrárias aos pensamentos dos donos das empresas foram eliminados ao longo da trajetória. A regra é clara: um funcionário não deve dar opinião e muito menos contrariar o pensamento do chefe. Dessa forma, só fica nessas empresas os que, sabiamente, concordam com tudo o que se é falado e evita ao máximo tomar alguma posição.
Isso faz com que as pessoas com habilidade na arte de sobreviver subam cada vez mais na carreira, pelo simples dom da obediência e submissão ganham cargos de confiança e assumem posições de responsabilidade. Porém, ao mesmo tempo não têm coragem de tomar nenhuma iniciativa e ficam sempre esperando as ordens do chefe. O que faz com que a empresa cresça até um certo ponto, até quando o dono conseguir administrar tudo sozinho, e estagne, já que os funcionários com cargos de gerentes não sabem e não podem tomar iniciativa.
Com isso, com o tempo, cada vez mais benefícios vão sendo agregados a estes funcionários de confiança, como plano de saúde mais caro e veículos por conta da empresa, enquanto os custos vão subindo na empresa. O grande problema é que só os custos sobem, pois, estes funcionários acostumados a apenas seguir ordens para tudo, não conseguem devolver para a empresa, na forma de mais faturamento, mais rentabilidade e assim se transformam “naquele filho que cresce, mas não trabalha, e exige mesada cada ano maior”.
Cuidado. Conduzir uma empresa como essa pode ser uma armadilha sem volta, pode significar morte por asfixia, devido ao elevado custo para um faturamento estagnante. Pois assim, a capacidade de a empresa inovar e criar novos produtos, ou arriscar em novos mercados fica completamente limitado ao fôlego físico do fundador, que vai diminuindo aos poucos, na medida em que este vai ficando mais velho. A relação profissional de trabalho vai se deteriorando. O chefe não deixa fazer e os funcionários não tem coragem de ousar.
Por isso, é necessária coragem, para romper este modelo que para a empresa é caso de vida ou morte para a sobrevivência. Nesses casos é necessário que o fundador se afaste por um tempo e dê o lugar de liderança para seu sucessor, que pode ser filho, funcionário com carreira ou a contratação de alguém sem a contaminação da cultura interna, pois assim a visão e a cultura na empresa será outra.
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