SÓCIO-GERENTE: A IMPORTÂNCIA DE TER UM PROFISSIONAL QUE COMPLETE SUAS HABILIDADES
- custoseganhosconsu
- 29 de jul.
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Empreendedores, como qualquer ser humano, são excelentes em determinadas áreas da operação, especialmente na linha de frente, no comercial, no relacionamento com clientes, etc. São visionários, sabem encantar o público, sabem vender. São, por assim dizer, os “atacantes” do negócio: os que fazem os gols.
Mas toda equipe precisa de equilíbrio. Um time que é bom no ataque, mesmo que marque muitos gols, se a defesa for deficiente, acaba perdendo a partida. É nesse ponto que muitos negócios bem-intencionados acabam tendo problemas: faltam peças estratégicas na retaguarda, nos bastidores da operação.
Vamos a um exemplo emblemático. Quando a Honda deu seus primeiros passos rumo a se tornar a gigante global que conhecemos hoje, o fundador Soichiro Honda era um apaixonado por engenharia e inovação. Ele criava, testava, viajava e pensava nos produtos com entusiasmo. Mas a Honda só virou a Honda que conhecemos hoje, por ter contado na retaguarda, com alguém a altura da missão, o Takeo Fujisawa, que entendia de gestão, finanças e estrutura empresarial. Ele era, por assim dizer, o “goleiro” que impedia que a empresa tomasse gols. Uma parceria que complementava o empreendedor no comando do negócio.
O mesmo aconteceu com a Sony. Akio Morita era o rosto da empresa, o comunicador, o estrategista de mercado. Mas ele era complementado por Masaru Ibuka, o técnico, mais introspectivo e metódico, com foco absoluto na retaguarda, preenchendo as lacunas nas áreas aonde Akio Morita deixava descoberto. Duplas assim, quando bem formadas, são as que constroem empresas duradouras.
Esse raciocínio se aplica com perfeição em qualquer setor de atividade empresarial. É comum ver empreendedor talentoso no marketing, no atendimento, mas com dificuldades crônicas na retaguarda, como controle de estoque, processos de produção, custos, finanças. São áreas que consomem energia, compromete margem e, com o tempo, até a viabilidade do negócio.
Ter alguém com perfil administrativo na retaguarda pode sim, fazer a diferença para o sucesso de um empreendimento. Um sócio-gerente ou funcionário graduado, com experiência e conhecimento em gestão, nos processos operacionais, custos, com vocação natural para cuidar dos pequenos detalhes, pode assumir a função de colocar a casa em ordem.
Esse profissional pode integrar o contrato social da empresa como sócio minoritário, assumindo um compromisso real com o funcionamento do negócio. Alguém capaz de complementar os pontos fracos do número um, atuando como sócio-gerente. Nessa condição, pode usufruir de benefícios em encargos sociais e receber uma remuneração parcialmente variável, atrelada à geração do resultado operacional.
Normalmente, é alguém com perfil comercial é que inicia um empreendimento. E pessoas com este perfil, é muito comum serem meio relaxados no controle de custos, na organização dos processos internos, nas tarefas administrativas repetitivas. E é uma benção, cada um ter nascido com seus pontos fortes. Reconhecer onde está seu talento e onde estão suas lacunas é um passo essencial para profissionalizar sua gestão.
O esforço para encontrar um parceiro que complemente o seu perfil, pode fazer toda a diferença no sucesso do negócio. E, às vezes, essa pessoa está mais próxima do que se imagina. Quem sabe aquela pessoa que, por estar à sombra do empreendedor principal, ainda nem conseguiu expressar plenamente seu talento administrativo? Ao ser desafiado, pessoas assim, podem se revelar um excelente “sócio”, justamente por já conhecer bem a cultura e a dinâmica da empresa.
Ninguém constrói uma empresa sozinho. Os empresários mais brilhantes buscam apoios estratégicos para sustentar o crescimento. A grande pergunta é: se você já identificou quem poderá assumir a retaguarda de seu negócio? Melhor dividir parte dos lucros, com alguém que ajude a multiplicar os ganhos e crescerem juntos.
Reflita sobre isso. Ter uma retaguarda forte é uma necessidade para a solidez de qualquer empreendimento. No jogo dos negócios, quem só ataca sem se protege, acaba perdendo no placar final.
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