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TESOURARIA CENTRAL: A SOLUÇÃO INTELIGENTE NO CONTROLE DO CAIXA ENTRE EMPRESAS OU FILIAIS

  • custoseganhosconsu
  • 4 de jun.
  • 4 min de leitura

Empresas que operam com mais de um CNPJ, ou possuem várias filiais, enfrentam um desafio prático no dia a dia: como controlar o fluxo de caixa entre unidades diferentes, mantendo o equilíbrio financeiro, sem gerar confusão nem criar um ciclo interminável de transferências de dinheiro entre contas bancárias.


Quando falamos em duas empresas, o caminho tradicional seria criar um Contrato de Mútuo, que na prática funciona como uma conta corrente bilateral. Se hoje a Empresa “A” empresta dinheiro para a Empresa “B”, lança-se um crédito para “A” e um débito para “B”. Amanhã, se a situação se inverter, faz-se o lançamento oposto. Simples, prático e eficiente. Porém, essa simplicidade acaba no momento em que entram na operação, o terceiro CNPJ ou a terceira filial.


O Problema do Mútuo entre Várias Empresas

Imagine tentar controlar, manualmente ou até dentro de algum sistema financeiro, quanto a empresa “A” deve para a empresa “B”, quanto a “B” deve para a “C”, e quanto a empresa “C” deve para a “A”, e tudo isso acontecendo ao mesmo tempo. A cada dia, as relações mudam, uma filial tem sobra de caixa, enquanto na outra falta recursos para cobrir seus compromissos.


Uma terceira, que ontem estava com saldo negativo, hoje está superavitária e já pode ajudar as demais. Se o controle continuar sendo baseado em relações bilaterais de mútuo entre cada par de empresas, o sistema se torna rapidamente caótico, complexo e até inoperável.


Tesouraria Central: A Solução Simples para um Problema Complexo

É exatamente aqui que entra o conceito da Tesouraria Central, uma verdadeira revolução no controle do fluxo de caixa entre empresas do mesmo grupo ou entre filiais da mesma empresa. A lógica é simples e elegante, acaba o controle bilateral, e nasce uma relação única e centralizada.


Cada empresa ou filial passa a ter uma “Conta Corrente Gerencial” junto à Tesouraria Central. Todos os lançamentos de débitos e créditos passam a ser feitos sempre em relação a essa conta única. Não importa se o grupo tem 3 ou 30, empresas ou filiais. O controle se mantém simples, transparente e eficiente.


Vamos a um exemplo prático para visualizar como funciona. No primeiro dia, a empresa ou a filial “A”, está com falta de R$ 10.000,00 no caixa. Enquanto a empresa ou a filial “B”, está com sobra de R$ 5.000,00. E a empresa ou a filial “C”, também com sobra de R$ 5.000,00.


A Tesouraria Central entra em ação: Junta os R$ 5.000,00 da empresa “B” mais os R$ 5.000,00 da empresa “C” e cobre a necessidade da Empresa “A”. O saldo das contas gerenciais na Tesouraria Central fica assim: A empresa “A” fica com saldo devedor de R$ 10 mil. A empresa “B” fica com saldo credor de R$ 5.000,00. E a empresa “C” também fica com saldo credor de R$ 5.000,00. Nenhum dinheiro precisa ser fisicamente transferido entre contas bancárias. O controle é interno, é gerencial.


No segundo dia, a situação muda. A empresa “A”, agora tem superávit de R$ 8.000,00. Na empresa “B”, falta R$ 3.000,00 no caixa. E na empresa “C”, falta R$ 5.000,00. A Tesouraria Central novamente faz os ajustes. A sobra de R$ 8.000,00 da empresa “A” cobre os déficits de R$ 3.000,00 da empresa “B” e de R$ 5.000,00 da empresa “C”. Agora, os saldos ficam:


A empresa “A”, que estava com R$ 10.000,00 devedor, agora contribuiu com R$ 8.000,00, e reduziu o seu saldo negativo para R$ 2.000,00. A empresa “B”, que tinha saldo credor de R$ 5.000,00, usou R$ 3.000,00, e ficou com saldo de R$ 2.000,00 positivo. E a empresa “C” que tinha R$ 5.000,00 credor, usou os R$ 5.000,00, e ficou com saldo zerado.


Esse método elimina completamente a necessidade de rastrear quem ajudou quem. Cada unidade enxerga apenas o seu próprio saldo com a Tesouraria Central, simplificando drasticamente o controle interno. Esse método é libertador. Você para de olhar quanto uma empresa deve para a outra. E passa a olhar apenas o saldo de cada uma em relação à Tesouraria Central. Se uma empresa ou filial tem saldo positivo, ela é credora do grupo. Se tem saldo negativo, ela é tomadora. O controle é feito numa conta única por empresa ou filial, com débitos e créditos que refletem entradas e saídas em relação ao caixa central.


Com este método da Tesouraria Central, facilita a expansão da empresa. Se hoje são 3 filiais ou empresas, amanhã podem ser 5, 10 ou 30. O controle continua funcionando da mesma forma. Basta cada uma ter sua conta de relacionamento com a Tesouraria Central. Quer saber qual filial é mais eficiente? Basta olhar para o saldo da conta. Quer saber quem mais precisa de ajuda do grupo? Veja quem está com saldo negativo. É simples, visual e objetivo.


Este modelo é ideal para; grupos empresariais com diversas empresas ou filiais, redes de lojas, franquias, unidades de negócio independentes dentro da mesma holding ou empresas com centros de custos separados por geografia ou por linha de produto.


O modelo de Tesouraria Central, pode evoluir, com possibilidades ainda mais inteligentes, criando incentivos e regras. Empresas ou filiais com saldo positivo podem ser remuneradas com juros, como um prêmio pela boa gestão de caixa. Já daquelas que ficam frequentemente com saldo negativo, podem cobrar juros internos, como um custo pelo uso do dinheiro do grupo.


Esse tipo de política gera um ambiente saudável, estimulando que cada unidade busque superávit e eficiência. A Tesouraria Central é, sem dúvida, uma ferramenta indispensável para empresas que querem ter um controle financeiro eficiente, inteligente e seguro entre CNPJs de um mesmo grupo ou entre filiais de uma mesma empresa.


Ela resolve de forma elegante o problema da descentralização do caixa, evitando um ciclo desnecessário de transferências bancárias e eliminando confusão na gestão de; quem deve para quem. O saldo de cada unidade fica sempre claro, atualizado e pronto para orientar decisões gerenciais, seja para avaliar desempenho, seja para planejar investimentos, ou simplesmente para garantir que o recurso da empresa, esteja desempenhando o seu máximo.



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