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PREÇO DO DIESEL

  • custoseganhosconsu
  • 15 de ago. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de fev. de 2022

O preço do diesel que desencadeou o movimento de paralização dos caminhoneiros no final de Maio de 2018 foi motivado pela flutuação diária de preço, uma vez que gera insegurança para o motorista que inicia a viagem com um valor sem saber a qual preço terminará a viagem. Por isso, reivindicaram o mínimo de previsibilidade.


Afinal para quem desembolsa uma quantia tão grande em cada abastecimento, como algo em torno de R$2.000, uma vez que são 600 litros e o diesel ao preço médio de R$3,70 o litro, não pode ser surpreendido em cada posto com preços que flutuam sem aviso prévio.


Contudo, será que é correto o preço variar de acordo com o custo? Quando uma empresa adota uma política de repassar no preço as variações diárias de seus custos está fazendo seus clientes de bobo, mesmo com toda honestidade e transparência. Uma empresa com esta postura parece olhar apenas para o seu lado, sem se colocar no lugar de quem compra o seu produto. Principalmente por se tratar de um produto que sofre com dois fatores altamente voláteis como a cotação internacional do barril de petróleo e a variação do câmbio.


O sobe e desce destes dois comodities é grande a vida toda e em qualquer lugar do mundo. Por isso, para quem depende desse insumo, é importante pensar em um horizonte um pouco mais previsível e planejável. Nesse sentido, uma opção para isso seria anunciar o preço da refinaria com antecedência, por exemplo “a partir do próximo mês o preço será aumentado em 2%’, de forma a sinalizar para o consumidor que haverá aumento em um período próximo e a empresa fornecedora poderá absorver o solavanco das altas e baixas, como reservatório de caixa d’água, que estabiliza o sobe e desce do nível da água.


Dessa forma, quando a cotação internacional subir, o produtor irá absorver o prejuízo e quando a cotação internacional abaixar, o lucro resultante irá compensar o prejuízo até acumular reserva, que servirá de amortecedor para a próxima alta.


Por isso, não cabe ao dono do posto, que é a ponta final de consumo, o papel de balizador do preço do diesel, uma vez que essa é a função de quem produz e distribui o insumo. Assim, na melhor das hipóteses, se praticar 12 preços por ano seria o suficiente para oferecer estabilidade para o mercado como um todo, e a longo prazo o preço final deve refletir a curva de mudança no preço internacional.


Por isso, para o bom andamento de uma empresa a estabilidade das regras, uma certa constância no combinado, é fundamental para que as pessoas envolvidas possam viver melhor e tirar o melhor proveito de cada recurso que está à disposição de cada um.


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