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O RATEIO DO CUSTO FIXO PODE GERAR DISTORÇÕES

  • custoseganhosconsu
  • 2 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de fev. de 2022

As opiniões são divergentes quando se trata de rateio de custo fixo. Porém, para ajudar a ilustrar melhor o que ocorre, vamos utilizar um caso que aconteceu em uma indústria do ramo de embalagens plásticas para ilustrar.


Esta empresa vendia cerca de 100.000 unidades de embalagens por mês e cobrava R$ 1,00 por cartela, auferindo um faturamento de R$ 100 mil reais. Com o imposto sobre o faturamento em 10% tinha uma receita líquida de R$90 mil reais. O seu custo variável era de R$ 0,65 por unidade, que gerava R$ 65 mil reais de custo dos produtos vendidos, e deixava uma margem de contribuição de R$ 25 mil reais. Com o custo fixo da empresa em R$ 20 mil reais por mês, obtinha um lucro líquido de R$ 5.000 reais.


Porém, esta empresa, operava com método de rateio do custo fixo. De forma com que os R$ 20 mil reais de custo fixo eram divididos por 100.000 unidades de média mensal, de forma com que ficou definido que o custo fixo da empresa equivalia a R$ 0,20 por unidade. Então, o custo total de R$ 0,85 virou padrão e enquanto a quantidade vendida ficava na média de 100.000 unidades mensais o resultado acompanhava o raciocínio do demonstrativo acima.


No entanto, vieram os tempos de recessão e a quantidade vendida começou a cair. Aquelas 100.000 unidades que eram facilmente vendias antes se transformaram em 80.000 unidades. Porém, o dono da empresa acreditava firmemente que ainda estava no lucro uma vez que seu modelo de custo mostrava um ganho de R$ 4.000 reais.


Isso porque, da venda de 80.000 unidades ao preço de R$ 1,00 era faturado R$ 80 mil reais, ao subtrair os 10% de impostos a receita líquida ficava em R$ 72 mil reais. E, deste valor, ele deduzia o custo total de R$ 0,85, que ao ser multiplicado por 80.000 unidades dava R$ 68 mil reais. Logo, ele achava que sobrava R$ 4.000 reais de lucro.


Acontece que, se está cobrando R$ 0,20 para 80.000 unidades, está arrecadando R$ 16 mil reais, logo fica faltando, R$ 4.000 reais para pagar os R$ 20 mil reais de custo fixo. Além disso, o custo fixo de R$ 0,20 era válido para 100.000 unidades, para 80.000 unidades o custo unitário subia para R$ 0,25.


Passado um tempo, quando finalmente começou a faltar dinheiro, este empresário recorreu a um especialista. E, obviamente depois do erro ser demonstrado ficou mais fácil de entender o problema. E, a partir deste episódio esta empresa passou a adotar o método de custeio variável, que trabalha com margem de contribuição, e deixou o método de absorção para a contabilidade atender apenas o governo.


Esse problema poderia ser facilmente sanado no início, sem que houvesse prejuízo, contudo, normalmente quem está envolvido as vezes tem dificuldade para perceber que o custo fixo varia com a quantidade vendida enquanto o custo variável permanece fixo em seu valor unitário. Por isso é importante ter um especialista no assunto como aliado, de forma a garantir as melhores operações.


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