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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO PARA EMPRESAS DE LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA FESTAS

  • custoseganhosconsu
  • 7 de mai.
  • 6 min de leitura

Numa empresa de locação de equipamentos para festas, a conta principal provavelmente será a Receita Bruta de Locação, que corresponde ao faturamento com a locação de mesas, cadeiras, tendas, utensílios e outros equipamentos para festas. Além da receita principal, tem as Receitas Acessórias, que inclui serviços adicionais oferecidos, como transporte de equipamentos, montagem e desmontagem no local do evento, limpeza após o uso e outros serviços agregados.


Em qualquer Demonstração de Resultado, a Receita, ou o Faturamento, é a primeira e principal conta, normalmente pelo regime de competência, ou seja, a soma das notas emitidas no mês, tenha recebido ou não.


Porém, como em qualquer atividade empresarial, tem as devoluções e cancelamentos ou outros motivos que alteram a base de apuração dos impostos. A primeira parte da Demonstração de Resultado fica, portanto; Receita Bruta de Locação, Receitas Acessórias e a conta Devoluções e Cancelamentos, para assim chegar na Receita Líquida.


A conta seguinte, na demonstração de resultado, seria os Impostos. E quando falamos de impostos, estes se referem aos que incidem sobre as vendas e, varia conforme o regime tributário adotado por cada empresa. Tributos como IPVA ou IPTU, que nada tem a ver com receita de vendas, não entram nesta conta de Impostos, porque será classificado nas despesas gerais e administrativas.


A partir da conta impostos, começa a entrar o regime de caixa. São comuns nas empresas, sobretudo as pequenas, adotarem a data de pagamento, como base para apuração dos resultados. Acaba se tornando um regime misto, aquele que a receita é por competência e as despesas são por regime de caixa.


Agora, vamos ver o Custo da Locação e Serviços. O custo de uma locação, seria todo o valor gasto para chegar até a receita. Em outras palavras, seriam os custos incorridos para transformar a locação dos bens em dinheiro. Que podem ser; a Depreciação dos Equipamentos de Locação, como; mesas, cadeiras e outros itens, que sofrem desgastes, e que deve ser reconhecido na demonstração de resultado, tendo como base, o montante necessário para repor o bem, ao longo do tempo, conforme a sua duração.


Quem está no regime de caixa, acaba classificando o valor da aquisição dos bens, conforme acontecem os pagamentos. Não tem problema, quando o valor dos bens adquiridos, for de pequeno montante, dá para assumir na demonstração de resultado, conforme for pagando. Só alertamos para o caso de aquisição de bens, de valor elevado, prestar atenção para não achar que é custo, o pagamento das parcelas.


Se a aquisição for financiada, como BNDES, o pagamento das parcelas mensais, poderá ser assumida como custo mensal da aquisição deste bem.


Também, faz parte do custo dos serviços prestado, a Manutenção dos Equipamentos, como gastos com reparos ou substituição de peças. E outros Custos como Transporte e Logística, caso a empresa ofereça entrega dos equipamentos ao cliente, esse custo deve ser considerado, mesmo que cobre do cliente. Na demonstração de resultado, a receita com estes serviços, será demonstrado no grupo das receitas, e os gastos serão demonstradas no grupo dos custos dos serviços prestado, e o melhor, poderá comparar o valor cobrado dos clientes com o valor efetivamente incorridos.


Além dos custos materiais, tem os custos com a “Mão de Obra”, com Funcionários responsáveis pelo carregamento, entrega, montagem e desmontagem dos equipamentos no evento, também fazem parte dos custos operacionais. Porém, se achar complicado separar o salário dos funcionários da mão de obra direta com os funcionários da administração, pode classificar todo o pagamento dos salários, em uma só conta, e deixar tudo dentro dos gastos gerais e administrativos.


Por entender que, se a empresa ainda não possui cultura para separar os gastos fixos dos gastos variáveis, melhor nesta primeira etapa, montar a demonstração de resultados, sem criar complicações adicionais. O importante é adotar um modelo que funcione para cada empresa, e seguir adiante, sem ficar alterando ora de um jeito ora de outro.


Depois, temos as despesas variáveis, como comissão de vendas, frete, descontos e abatimentos concedidos, e os casos de não recebimento. Também as despesas com Armazenagem e Conservação, para manter os equipamentos em bom estado, como aluguel de galpão, limpeza e organização do estoque, se for o seu caso.


A demonstração de resultado até aqui ficou: Receita bruta de locação, Receitas Acessórias, Devoluções e Cancelamentos, Impostos, Custo da Locação e Serviço, custo da mão de obra, e despesas variáveis. Com isso, podemos apurar a Margem de Contribuição do negócio, que mede o quanto a operação está gerando de margem, para pagar as despesas operacionais.


Agora, vamos para as Despesas Operacionais. Vamos separar em três grupos, o dos Salários, Encargos e Benefícios, o das Despesas Comerciais e o das Despesas Gerais e Administrativas.


No grupo dos gastos com Salários, Encargos e Benefícios, entram tudo que está relacionado aos funcionários, com salário, horas extras, prêmios, o INSS, FGTS, 13º salário, férias, rescisão, vale transporte, plano de saúde, seguro de vida, etc.


No grupo das Despesas Comerciais, entram todos os gastos relacionados a Marketing e Publicidade.


Já no grupo das Despesas Gerais e Administrativas, entram os gastos como água, luz, telefone, aluguel, condomínio, IPTU, despesas com veículos, incluindo IPVA, licenciamento. Material de escritório, material de limpeza, correio, seguros, manutenção, etc. Também fazem parte deste grupo, despesas com Honorários contábeis e advocatícios.


A demonstração de resultado até aqui ficou: Receita bruta de locação, Receitas Acessórias, Devoluções e Cancelamentos e Impostos, para apurar a receita líquida. Em seguida, o Custo da Locação e Serviço, o custo da mão de obra e, as despesas variáveis, para apurar a Margem de Contribuição. Em seguida, os três grupos de despesa operacional, a dos Salários, Encargos e Benefícios, a das Despesas Comerciais, e a das Despesas Gerais e Administrativas. Para finalmente apurar o resultado operacional, o lucro que a operação está gerando.


RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS

Ainda falta tratar as Receitas e Despesas Financeiras, que vem depois do resultado operacional. O valor dos juros recebidos de clientes por atraso faz parte da Receita financeira. Bem como, rendimento de aplicação financeira, se tiver, faz parte da receita financeira.


Já os Juros sobre Empréstimos e Financiamentos, caso a empresa tenha linha de financiamento para compra de equipamentos, faz parte da despesa financeira. Os juros ou multas pagas por atraso, são despesas financeiras. As Tarifas Bancárias, e as taxas com cartões, estes fazem parte das Despesas Gerais e Administrativas.


O critério para separar as receitas e despesas financeiras, entre o que pertence a operação e o que não pertence a operação, evolui na medida que a empresa eleva seu conhecimento sobre a Demonstração de Resultados.


RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS

E por último, temos o grupo dos gastos Não Operacional, constituída de Receita Não Operacional e Despesa não operacional. Entram na conta Receita Não operacional, o dinheiro da venda de equipamento, de imóvel, de veículo ou qualquer outro bem, que não faz parte da atividade principal. Estes serão classificados como Receita Não operacional.


Já nas Despesas não Operacional, entram todas as despesas que não são da operação, como o dinheiro gasto com cartório, documentação e advogados para a venda de bens, estes, serão considerados não operacional. A amortização do passado, tanto dos empréstimos quanto do pagamento das parcelas de impostos, embora este seja movimentação patrimonial, num sistema financeiro não contábil, precisa ser classificada em alguma conta, e geralmente costuma cair nas Despesas não operacional.


Nas empresas familiares, as despesas não operacionais são caracterizadas pelos gastos particulares da família, como a compra de ração para animal do sítio, ou da manutenção da casa na praia, e uma infinidade de gastos, que passam pelo caixa da empresa, e estes precisam ser classificadas de alguma forma no sistema.


A demonstração de resultado ficou então: Receita bruta de locação, Receitas Acessórias, Devoluções, Cancelamentos e Impostos, para apurar a receita líquida. Depois, o Custo da Locação e Serviço, o custo da mão de obra e, as despesas variáveis, para apurar a Margem de Contribuição. Em seguida, os três grupos de despesa operacional, a dos Salários, Encargos e Benefícios, a das Despesas Comerciais, e a das Despesas Gerais e Administrativas, para apurar o resultado operacional, o lucro que a operação está gerando. E depois disso, a demonstração das receitas e despesas financeiras. Para terminar com a demonstração das receitas e despesas não operacional, apurando assim, o resultado líquido na última linha do demonstrativo.



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