O DONO QUE TRABALHA MUITO

Você trabalha duro desde jovem. Lutou, trabalhou bastante e ao longo dos anos construiu um pequeno império. Você mora em um imóvel de valor considerável bem acima da média e anda com vários carros importados. Se veste bem, frequenta os melhores lugares da cidade, viaja todos os anos para exterior, sua empresa cresceu e hoje tem centenas de funcionários trabalhando.

Entretanto, em determinado momento a empresa parou de crescer e o número de problemas começou a ficar grande. Você continua tendo que trabalhar bastante e vive com a sensação de que a empresa não vive sem você, pois tudo depende de uma única pessoa, que é você, pois não tem um funcionário que tome a iniciativa de ousar e fazer algo que seja para o bem da empresa. Todos esperam uma ordem.

Com isso, nos últimos tempos, apesar do tamanho do império as vendas não estão fluindo tão bem, a rentabilidade se transforma em uma incógnita, começam os problemas no caixa e não fica tão claro se está ganhando ou perdendo. O que, no meio dessa crise consequente, ocasiona em desentendimentos cada vez mais frequentes entre os funcionários, tornando o ambiente nada favorável.

Essa situação demonstra que alguma coisa não está indo bem e que a empresa não está funcionando como funcionava antes, principalmente quando comparado ao início. O que será que está acontecendo? A tão sonhada tranquilidade na terceira idade parece que está distante!

Relatos como este são comuns entre os donos de empresas que tiveram um rápido crescimento nos primeiros anos, mas que na medida que expandiram começaram a ter problemas. Isso porque esses empresários cresceram apenas fisicamente e ao longo dos anos se descuidaram e não cresceram espiritualmente igual, como seres humanos.

Quando se é pequeno, o universo ajuda o jovem a conquistar seus sonhos. Mas mais do que isso, o universo ajuda quem ajuda os outros. Sendo assim, se o dono do empreendimento depois de conquistar seus sonhos iniciais e de conquistar certa posição na vida, já com seus cabelos brancos dando sinais da maturidade, ainda não conseguir voltar sua atenção para o crescimento dos seus funcionários, nos mesmos moldes que lhes foi dado para crescer quando jovem, acaba por criar um ninho de proteção, e os funcionários ficam temerosos em arriscar voos mais ousados. Criando assim um círculo vicioso em que o líder não consegue confiar nos seus funcionários e vice-versa.

Por ser contra a natureza do universo, o dono da empresa acaba tendo que fazer tudo sozinho, enquanto os funcionários ficam olhando o chefe se matar de trabalhar. O que faz com que além de impedir com que os funcionários tenham um bom plano de carreira, o dono fique sobrecarregado e, consequentemente a empresa não obtenha o desempenho em potencial.

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