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LONGE DO BANCO E PERTO DO GOVERNO

  • custoseganhosconsu
  • 18 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de fev. de 2022

Uma empresa pode ficar devendo para bancos ou pode ficar devendo para governo. Quando não consegue pagar as prestações de empréstimos contraídos no banco, a empresa entra em inadimplência com o banco ou com os bancos, pois normalmente uma empresa endividada tem relações com mais de um banco. E esta relação começa com uma inocente antecipação de recebíveis, seja nas vendas realizadas com o cartão de crédito, seja nas duplicatas a receber, que servem de garantia na operação de crédito.


Com o passar do tempo, se a empresa estiver operando no prejuízo, sua necessidade de antecipação vai aumentando, para cobrir o caixa do dia a dia, haverá necessidade de antecipar cada vez mais, até exaurir todo o saldo futuro do a receber. Quando o estoque de recebíveis se esgota, a próxima fonte de dinheiro seria o capital de giro. Só que tudo isso leva um longo tempo para acontecer, são meses e mais meses de falta de dinheiro que vão conduzindo lentamente a esta armadilha que o dono do negócio fica anestesiando e não percebe.


Duro é a vida da empresa que paga juro para banco pelo dinheiro que ele utiliza para pagar os impostos em dia. Então ele percebe que se deixar de pagar os impostos, este dinheiro poderia ser usado para pagar outras contas, o salário por exemplo. E desta forma o Governo entra na fila dos credores. Nesta fase a empresa já está devendo para bancos e para governos. Dever para governos pode ser um bom negócio, pois permite utilizar o dinheiro por algum tempo, até receber a notificação da cobrança. E cada governo, federal, estadual ou municipal, tem sua velocidade na hora de cobrar.


Algumas empresas tem um hábito natural, talvez movido por uma cultura enraizada, de querer fugir do governo a qualquer custo, sonegando os impostos ou simplesmente deixando de pagar, até virando inadimplente perante o governo. Nutrem uma espécie de repulsa com qualquer coisa que se relaciona ao governo, gastam energia no esforço de tentar escapar das garras do governo, e nisso acabam correndo em direção contrária caindo na garra de outro agente econômico que são os bancos.


Vejo muitas empresas dando muito dinheiro para bancos. E vejo muitas empresas dando muito dinheiro para o governo. Para estas empresas um sábio conselho seria “fique próximo ao governo e mantenha distância com os bancos”. Paguem os impostos que devem ser pagos, apenas os que tem que ser pagos, sem gastar um centavo para manobras que no fim acabam custando o dobro. E fique longe dos bancos, dos preços exorbitantes que são cobrados para usar o dinheiro. No longo prazo, as empresas que destinarem o dinheiro que destinariam para os bancos, para o governo, experimentará uma prosperidade sem precedente.


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