HOME OFFICE E A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO SOCIAL
- custoseganhosconsu
- 2 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de fev. de 2022
Em cidades como São Paulo enfrentar o trânsito carregado, de manhã cedo para ir trabalhar e no final do dia para voltar para casa, é bastante cansativo. Principalmente porque nas últimas décadas os trabalhadores estão se deslocando cada vez para mais longe e, consequentemente, gastando mais tempo no trânsito. Diferente do que acontece nas cidades pequenas, onde muitos funcionários podem ir andando, de bicicleta ou em pouco tempo estar no trabalho de carro.
Com o isolamento social, a opção de trabalhar em casa ganhou um impulso inesperado e foi potencializado, de forma com que muitos trabalhadores passassem a trabalhar de forma remota.
Inclusive, têm empresas que estão adorando essa nova realidade devido a economia com as despesas com água, luz, telefone, cafezinho, material de escritório, papel higiênico, despesas com vale transporte, refeição, etc.
Do outro lado, muitos funcionários também estão adorando a ideia de trabalhar de casa pelo benefício de poder acordar mais tarde, conviver mais com seus filhos, tomar café da manhã com a família a mesa, almoçar e jantar no horário. Alguns estão sonhando em trabalhar desta forma daqui para frente.
Dessa forma, muitas empresas estão considerando permanecer 100% home office e fechar o oneroso escritório, visto que o ganho é bom tanto para a empresa quanto para os funcionários.
Apesar disso, é previsível que com o tempo o ser humano comece a sentir necessidade do convívio com os colegas de trabalho, daquele cafezinho, do bate papo sobre o resultado do futebol, sobre as infinitas trocas de ideias e deliciosas fofocas.
O home office pode até reduzir os custos a curto prazo, porém a longo prazo, algo em torno de um ano, poderá criar um poço de vazio no coração das pessoas e isso pode causar um dano perigoso na estrutura social dos seres humanos, que por vocação se interagem uns com os outros, formando grupos informais, partidos favoráveis ou desfavoráveis à uma ideia, as disputas de poder, a luta para conquistar posições e uma gama enorme de atributos dificilmente mencionados em manuais corporativos.
Sendo assim, provavelmente a melhor solução custo-benefício esteja em uma faixa intermediária. Em que metade dos funcionários trabalhem na empresa enquanto a outra metade em casa, de forma rotativa e intercalada. Nesse caso, pode até ser que o custo da empresa seja menor, como a produtividade e a satisfação dos funcionários também, mas terá um importante ponto de equilíbrio. Afinal, quem não acharia maravilhoso poder trabalhar alguns dias da semana sem ter que ir para a empresa?

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