A ILUSÃO DA REDUÇÃO DE CUSTO

A Redução de Custo tão apregoada em tempos de recessão é, no fundo, uma ilusão. Um bom exemplo para entender isso é a conta de luz. Com o objetivo de reduzir os custos, as pessoas normalmente atacam o valor da conta, desligando os interruptores. Entretanto, a ilusão está justamente em atacar o valor sem levar em consideração a quantidade de eletricidade consumida.

O valor da conta de luz é a multiplicação da quantidade de quilowatts consumidos pelo preço do quilowatt cobrado pela companhia de luz. Por isso, para a redução de custo ser eficaz o mais correto é atacar a quantidade de quilowatt utilizado e não o valor.

Uma empresa adotou, como solução, o seguinte método: o chefe da fábrica nomeou um funcionário para anotar a marcação do relógio toda manhã com a quantidade de eletricidade consumida no dia anterior. Isso melhorou a consciência de gasto em relação a cada interruptor e máquina que era acionada na empresa, pois o funcionário tomou consciência da quantidade de eletricidade consumida em cada equipamento.

Com o retorno positivo e o objetivo de aumentar a consciência de todos os seus funcionários, foi implantado um sistema de rodízio mensal, para que todos tivessem a experiência de publicar e acompanhar o consumo. Assim, como consequência, cada funcionário começou a dar sugestão sobre como poderia reduzir o tempo que cada máquina ficava ligada de forma desnecessária e assim o consumo de eletricidade passou a ser apenas o necessário.

As pessoas têm contato físico com insumos físicos, em todas as horas do dia, do primeiro ao último dia do mês. Sendo assim, para não cair na ilusão da redução de custos e elevar o nível de consciência sobre o custo é necessário criar um indicador que possa medir diariamente o impacto das ações. O valor cobrado na conta todo mês é na verdade a consequência da quantidade física de insumo utilizado ou consumido, que é sempre a multiplicação da quantidade pelo preço.

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