TERCEIRIZAR A PRODUÇÃO É BOM OU RUIM?

O que leva uma indústria de confecção terceirizar a mão de obra? Expandir o negócio? Atender todos os pedidos que entram? Diminuir a carga tributária? Será que a terceirização reduz mesmo o custo? Será mesmo um bom negócio?

A primeira questão que deve ser respondida para definir se a terceirização é vantajosa ou não é identificar o principal objetivo. Há casos de confecções que apostam na terceirização para o crescimento no mercado. Outras tem a esperança de reduzir os custos e recuperar a margem de lucro, e por aí em diante.

A segunda questão primordial para determinar se a terceirização da produção é boa ou ruim, e que poucas pessoas falam, são os pontos fracos que envolvem o processo. Entretanto, pode-se destacar a QUALIDADE e o PRAZO DE ENTREGA como os dois principais pontos fracos, que mais ocorrem.

De forma errônea, muitas terceirizações começam a partir da necessidade de reduzir o custo da mão de obra, sem avaliar as consequências. O preço que se paga é precisar arcar com produtos de qualidade duvidosa. Afinal, quando se delega à terceiros, que não tem vínculo com a empresa e que não conhece os valores e a proposta da marca, um serviço que depende da dedicação humana é quase que inevitável a redução no nível de qualidade. Assim, além do terceirizado não possuir o mesmo grau de compromisso, a empresa perde o controle básico e essencial para garantir um bom produto.

A mesma coisa acontece em relação ao prazo de entrega. Quando a responsabilidade da entrega do produto é de terceiros, não há como exigir o mesmo grau de seriedade no processo, principalmente quando é priorizado o baixo custo. Diferente de quando se fabrica internamente, onde todo o processo está sob o domínio da empresa e todos os envolvidos tem o mesmo comprometimento para honrar o prazo esperado pelo cliente.

Assim, uma empresa nunca deve recorrer à terceirização com o objetivo de reduzir custos. Imagina a imagem negativa da marca quando os produtos começarem constantemente a serem entregues atrasados ou com baixa qualidade? Toda a credibilidade da marca, que foi construída ao longo dos anos, é jogada fora.

Por isso, para ser grande é necessário pensar como grande, e é importante ter as grandes marcas como referência nesse aspecto. A lucratividade das melhores marcas é consequência de uma empresa bem administrada e que produz seus produtos “dentro de casa”, para garantir a qualidade dos produtos e o prazo de entrega.

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