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QUANDO O INVESTIDOR VIRA ESPECULADOR?

  • custoseganhosconsu
  • 13 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de fev. de 2022

Alguém que passou longos anos acumulando suas reservas na velha caderneta de poupança e atualmente está diante de um acontecimento sem precedente na história do Brasil, com os juros baixos, está tendo que estudar novas opções de aplicação financeira.


Os poupadores de antigamente, que ficavam na zona de conforto da caderneta de poupança, precisam se converter em investidores que começam a ter contato com uma nova linguagem como taxa de administração, imposto de renda, taxa de custódia, liquidez, entre outras expressões que confundem facilmente o poupador que está tendo que virar investidor.


Porém é muito importante dar tempo ao tempo para que os investidores novatos se acostumem com as regras desse novo jogo dos produtos como CDB ou Tesouro Selic, protegidos por enquanto no rendimento que não fica negativo, uma vez que a segurança de ver mês a mês o saldo aplicado crescer é fundamental para quem tem um perfil conservador. Por isso ao procurar diversificação este deve manter-se dentro da cerca segura do rendimento modesto, mas constante.


Contudo, mesmo os investidores conservadores, ao verem o rendimento cair cada vez mais, são tentados a espiar a rentabilidade dos produtos de renda variável, que são capazes de entregar em um mês um rendimento que na renda fixa leva um ano para conseguir. E, como os gerentes de bancos insistem na recomendação de diversificação da carteira, a mente do investidor, insatisfeito com a rentabilidade da sua carteira de renda fixa, vai gradativamente sendo invadido por uma nova mente especulativa desse novo jogo.


Para auxiliar a ilustrar isso melhor, vamos utilizar o caso de um investidor, que na verdade não passava de um poupador, como exemplo. Ao seguir a recomendação sobre a diversificação, logo foi capturado pelo alto retorno de um fundo de ações que estava entregando rendimento dez vezes maior do que renda fixa nos últimos 12 meses.


Baseado na rentabilidade passada pelo banco, este incauto investidor inexperiente transferiu da renda fixa para fundo de ações uma soma substancial de seu patrimônio de uma só vez, achando que tinha tomado a decisão que iria mudar o rumo de sua vida.


Porém, pouco tempo depois o fundo teve uma queda e logo depois outra e o que era preocupação, em um primeiro momento, se transformou em pânico. Assim, tomado pelo desespero resgatou tudo e voltou para renda fixa. Sentiu-se aliviado quando conseguiu estancar as perdas, que não paravam de aumentar, mas sentiu-se culpado por ter caído na tentação da ganância e perdido parte do seu patrimônio. Ele passou de investidor a especulador sem o menor preparo.


Por que isso acontece? Quando você passa à renda variável, deve estar consciente de que ingressará no mundo dos especuladores. Isso porque na renda variável sempre ocorrem duas coisas, ou ela sobe ou ela cai. E, embora as chances sejam boas, porque tem 50% de acertar, não deixa de ser um jogo de ganhar ou perder.


Por isso, quem tem interesse em se tornar um investidor, é necessário estudar com muito cuidado e saber esperar o momento recomendado para entrar na renda variável, o especulador pode obter retornos espetaculares, com risco razoavelmente sob controle. Contudo, quem não se incomoda e se sente seguro em conviver com a oscilação da renda variável, essa é a melhor opção de investimento a longo prazo para garantir tranquilidade e prosperidade.


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