PERDAS POR OCIOSIDADE OU GANHOS DE PRODUTIVIDADE
- custoseganhosconsu
- 30 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de fev. de 2022
Com a pandemia, tudo virou de cabeça para baixo. Algumas empresas tiveram queda de 100% por ficaram impedidas de funcionar, enquanto outras tiveram um aumento súbito nas vendas por serem consideradas “essenciais” e terem grande procura, como foi o caso dos fabricantes de álcool gel 70%. Contudo, a grande maioria das empresas continuaram operando ou retornaram pouco a pouco, amargando as quedas que variam entre 10% a 90% nas vendas.
Antes da pandemia, uma fábrica estava caminhando bem, produzindo mil peças por dia. Os custos fixos como aluguel, água e eletricidade estavam em dia e dimensionados para a quantidade de mil peças por dia. Contudo, com a pandemia, a fábrica ficou com ociosidade. As mil peças que eram produzidas caíram pela metade e os custos fixos caíram um pouco, porém os boletos continuam vencendo.
Além disso, o custo unitário de produção piorou uma vez que as quinhentas peças estão arcando com os mesmos custos fixos das mil peças de antes, já que no sistema de custeio por absorção a legislação “obriga” a assumir todo o custo do período independente da produção.
A fábrica ficou ineficiente por causa da pandemia? Longe disso. A fábrica continua com a mesma eficiência, apenas aumentou a ociosidade. Metade dos custos fixos da fábrica estão ociosos.
Uma sugestão para contornar essa situação é ativar os gastos dos custos fixos no ativo circulante, como se mantivesse no “estoque” os custos fixos para as mil peças, e no mês que for utilizado quinhentas peças, descer do estoque os custos relativos a quinhentas peças. Dessa forma, os custos unitários das quinhentas peças produzidas ficariam corretos. O pulo do gato está no saldo que sobrou no “estoque” de custo fixo. Pois, é necessário zerar no final do mês baixando para conta “perdas por ociosidade” e assumindo como prejuízo da pandemia.
Além disso, manter na sua folha de pagamento o custo da mão de obra direta faz com que se torne um custo fixo toda vez que opera com ociosidade. Contudo, o contrário também ocorre, quando a fábrica produz mais de mil peças por dia, com os mesmos custos fixos, e acaba gerando “ganhos de produtividade”. Por isso, este método de ativar os custos fixos é muito eficiente. Pois, além de ajudar a enxergar o que é custo da produção separado do prejuízo que a pandemia está gerando, ajuda o gestor a visualizar quantos meses no ano a fábrica teve “ganhos de produtividade” e quantos meses teve “perdas por ociosidade”.

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