O CUSTO DA CONTRATAÇÃO APRESSADA
- custoseganhosconsu
- 10 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de fev. de 2022
Durante um tempo de euforia, uma indústria de confecções decidiu expandir a produção contratando mais funcionários, pois acreditava que se corresse contra o tempo poderia aproveitar o boom do mercado, que estava acontecendo naquele ano, e investiu na ampliação da fábrica, partindo para a contratação acelerada, adquirindo maquinários e gastando com instalações.
Dessa forma, em um curto período contratou centenas de funcionários e investiu pesado em treinamento, tudo na máxima velocidade. A fábrica ficou cheia de materiais, de maquinários e de funcionários. Quem olhava ficava maravilhado com tudo. Parecia uma empresa de primeira linha a pleno vapor.
Contudo, no final de um ano, o resultado foi desastroso, pois a produção não aumentou, a eficiência piorou, a qualidade despencou e não conseguiram cumprir o prazo de entrega. De forma com que a empresa amargasse um prejuízo que quase levou a falência.
Com esse episódio, o administrador aprendeu a importante lição de que no ramo de confecções, que emprega a mão de obra e que demora para alcançar nível de qualificação, a contratação apressada pode resultar em um prejuízo incalculável.
Por exemplo, uma pessoa novata contratada para exercer a função de uma costureira, leva muitos meses para pegar o jeito de trabalhar. O que demonstra que a preparação da mão de obra é um fator que demanda tempo, pois as pessoas precisam se ambientar com o local de trabalho, criam-se relacionamentos de confiança e de convívio que só vem com o tempo. Por isso, apressar esta natureza pode custar caro para quem tenta pegar o atalho na tentativa de obter lucros.
Sendo assim, a única certeza que um administrador tem ao investir é o dinheiro que sai do caixa, pois a despesa costuma sair mais do que o planejado e a receita costuma entrar menos do que o esperado.
Por isso, um administrador inexperiente que começa a investir com o mercado em alta, colhe o prejuízo com o mercado em recessão. Diferente do que ocorre com um administrador experiente que enxerga o ciclo de altas e baixas do mercado e ajusta suas decisões obedecendo este movimento.
Sendo assim, é imprescindível não se deixar cegar pela euforia do momento quando está vendendo bastante e tão pouco se deixar abater pelo desânimo da recessão. E, da mesma forma, estar atento ao melhor momento para tirar o pé do acelerador quando aproximar o fim do ciclo de alta e esperar o melhor momento para retomar o investimento quando enxergar a aproximação do fim da recessão e o início do novo ciclo de crescimento.

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