CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

Você sabe o custo do produto que você vendeu? Por exemplo, se vendeu um carro, provavelmente você se lembra o quanto pagou por ele quando comprou. Quando o valor é grande o cérebro memoriza facilmente, mas dificilmente alguém lembra o valor das pequenas compras realizadas diariamente.

Imagina quem administra uma loja que vende uma variedade de mercadorias. Como faz para lembrar o valor da compra de cada item? Ou então uma indústria que fabrica vários produtos, como controla o custo de cada produto fabricado? Obviamente, não dá para lembrar ou controlar os custos de cabeça.

Por isso, uma indústria que transforma a matéria-prima em produto acabado, tem na porta de entrada as notas de compra de materiais, e na outra porta tem as notas de saída que foram entregues para clientes.

Entre a nota de compra de materiais até a saída dos produtos prontos ocorrem inúmeras etapas que consomem materiais como a mão de obra, tempo de máquinas, energia elétrica e tantos outros recursos que são agregados ao produto final, além dos descartados durante o processo, na forma de retalhos, sobras, cavacos, refugos, etc.

Então, como somar tudo isso, item a item, e incluir em cada produto que ficar pronto? Se você tentar fazer isso sozinho vai ficar louco em pouco tempo. Por isso, a maioria das pequenas indústrias administram por intuição, ou seja, simplesmente trabalham e no fim do mês analisam se conseguem pagar as contas.

Essa prática, que é bastante comum nos pequenos empreendimentos, adota o regime de caixa, classificando o pagamento das notas de compras de insumos e depois compara com o faturamento do mês, de forma que a diferença será a provável margem de lucro com o produto. Assim, se esta conta estiver fechando dentro do parâmetro que o empreendedor espera, provavelmente a indústria esteja indo bem. Ou seja, se conseguir pagar os salários dos funcionários, pagar as despesas administrativas e ainda sobra uma quantia, a empresa estará no lucro.

Dessa forma, enquanto o fluxo de caixa estiver fechando bem, simplesmente vão levando a empresa dessa forma. E, se houver sobra de caixa, faz até investimentos. Mesmo que não fique claro de onde o lucro está vindo. Enquanto o dinheiro fluir, a preocupação com a contabilidade de custos vai ficando para depois.

Porém, um dia o fluxo do dinheiro começa a diminuir. E, consequentemente, a preocupação começa a tomar conta. O que será que está acontecendo? Aonde será que estou perdendo? E as contas passam a não fechar mais, gerando uma crise. Por isso, recomendamos que se comece a investir e inicie o processo de custeio de produtos, antes de chegar nessa situação.

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