O CUSTO DA ANSIEDADE

A pandemia do Coronavírus obrigou, do dia para a noite, que as pessoas ficassem reclusas dentro de suas casas, como se fossemos prisioneiros em domicílio. Além disso, somos bombardeados 24 horas por dia, pela televisão, rádio e internet, com muitas informações. O volume de dados que transitam pelas redes está tão elevado que muitas vezes faz com que a velocidade seja derrubada, tornando lento o download de arquivos e ocasionando até interrupções nas transmissões digital.

O excesso de informação sobre o mesmo assunto somado a restrição de circulação e lazer e a incerteza do tempo que essa situação vai durar desenvolve, em muitas pessoas, a ansiedade junto com sentimentos como preocupação, medo e insegurança.

Como diz o Dr. Augusto Cury “a humanidade está adoecendo rapidamente acometida pela síndrome do pensamento acelerado”. Uma em cada duas pessoas, cedo ou tarde, conviverá com algum transtorno psicossomático como ansiedade, depressão ou pânico, se não souber administrar a própria emoção.

É verdade que tudo isso já tinha antes do Coronavírus, mas quando o COVID-19 virou pandemia e afetou todo o globo terrestre, os transtornos psicossomáticos entraram em verdadeiro teste. Um exemplo disso é que com algumas semanas de isolamento social, a procura por medicamentos para ansiedade e insônia dispararam nas farmácias, confirmando a tese do Dr. Augusto Cury, do quão doente a sociedade está.

As pessoas ficam preocupadas com a situação e não conseguem dormir. E uma pessoa que não descansa porque dorme mal, acorda ainda mais preocupado e isso se torna cíclico e provoca ansiedade, um alimenta o outro distúrbio.

Quanto custa o transtorno da ansiedade para a família? Em custo de medicamentos, em relações rachadas, crianças com distúrbios que irão cobrar um preço alto mais tarde. Quanto custa a ansiedade nas empresas? Nos órgãos do governo? Para as pessoas que vivem estressadas com a correria do dia a dia? Qual é o custo na sociedade como um todo? Nossas memórias estão abarrotadas de informações e o cérebro já não consegue administrar o fluxo que nunca para.

Quem sabe agora seja um momento oportuno para cada um parar e refletir sobre o quanto está cuidando do seu emocional? O isolamento social trouxe, provavelmente, uma oportunidade para que as pessoas parem e pensem um pouco mais em si mesmo. O que estamos fazendo com o ritmo de nossa vida? Estamos dando muita atenção para o celular e pouca atenção para pessoas que realmente têm valor. Sendo assim, seria esse o momento de tirar umas férias coletivas, dar mais atenção à família e parar um pouco com as trivialidades das coisas superficiais a que estamos cercados.

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